quarta-feira, 11 de março de 2009

A galinha, o porco e a crise

Empolgados com a nova onda de empreendedorismo que varria o mundo, inclusive o dos bichos, uma galinha e um porco resolveram se tornar patrões de si mesmos e donos de seus próprios narizes, ou melhor, de seus próprios bico e focinho.Pesquisaram as tendências do consumo e os gostos do público-alvo, estudaram o comportamento do mercado, traçaram mil planos e, após uma trabalheira enorme, decidiram entrar para o negócio de omeletes.

A fórmula era simples e a lógica parecia brilhante. A sócia galinha forneceria seus ovos, o que certamente já seria 50% de garantia de sucesso do empreendimento, enquanto o porco entraria com a outra metade, fornecendo o bacon. Empolgada com a possibilidade de lucro do novo negócio, a galinha sonhava acordada com a ampliação do poleiro e um cardápio de milho farto. Numa madrugada, porém, depois de um dia de planos e pesquisas, o porco teve um pesadelo, o pior de sua vida. Acordou sobressaltado e, pensativo, concluiu que, para fornecer seus ovos, bastaria à galinha dar uns cacarejos e pronto!... Já para fornecer o bacon, ele precisaria entrar com a própria pele e, antes que fosse tarde demais, desistiu do negócio.Galinha e porco entraram em crise e engrossaram as estatísticas do Google, que já registrou mais de 55 milhões e 400 mil citações dessa palavra CRISE. Nunca, em tão pouco tempo, se falou tanto nela, nem tantas fortunas e reputações viraram pó. Mais que isso, em poucos dias, o mundo descobriu que seus modelos de sucesso nas finanças e nos negócios, apesar da embalagem bonita, não passavam de santinhos do pau oco.
O lamentável é que, apesar de terem quebrado meio mundo, esses sabidos continuam bilionários, andando soltos por aí, curtindo a vida em grande estilo, como se nada tivesse acontecido ou nenhum mal tivessem praticado.

Os lesados que lhes confiaram a poupança e o futuro, agonizam empobrecidos e envergonhados. E os trabalhadores que não participaram da farra do lucro falso do mercado de capitais, porque estavam dando duro no batente, agora são chamados a pagar a conta.

Descaradamente, propõe de tudo em termos de reinvenção da relação capital-trabalho para preservar suas margens de lucro. Às vésperas do Natal, o tycoon Roger Agnelli, dirigente da Vale, chegou a defender a decretação a volta da ditadura e a suspensão dos direitos trabalhistas.

Dias depois, uma romaria de grandes empresários foi ao presidente Lula pedir um containner de benesses. A mais nova é a requentada – e desvirtuada – redução da jornada de trabalho e dos salários, recém-apresentada pelo governo. Com ela, aumenta-se a conta e a insegurança para o trabalhador, que teria de pagar, com seu já corroído salário, o crediário cujas prestações cujos valores não foram reduzidas. Cortar juros, diminuir preços ou margens de lucro que é bom, ninguém fala.Resumo da ópera: os que sempre ganharam muito querem agora socializar o prejuízo e entrar com quase nada do muito que lucraram nessa hora de ajustes. Para eles, os que sempre perderam deveriam entrar com tudo o que têm. Lógica cruel essa do nosso capitalismo. Em tempos de bonança, o ganho é todo meu. Na crise, o prejuízo é nosso. Capitaliza-se o lucro e socializa-se a perda.E nessa versão brasileira da história da galinha e do porco, quem entrará com o bacon?... Difícil decisão. Mas é fácil saber. Agora ao invés de entrarmos com o bacon porque não invertemos essa situação.

Agora é a nossa vez de analisar novamente o mercado, traçar planos para o futuro, analisar as novas tendências e o público-alvo, direcionando nossas ações de marketing com o objetivo de explorar o design como uma ferramenta para agregar valor a MARCA. Proporcionado alternativas CRIATIVAS e com preço justo. Uma parceria sólida em busca dos resultados em curto prazo.

Sua empresa e NewGrowing juntos para otimizar a verba, transforma a comunicação e inverter essa história.

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